No processo de corte de chapa, o programador PCP se depara de um dilema entre aproveitar material ou garantir o fluxo de produção. A sensação é que sempre precisamos sacrificar um objetivo por outro.
Em algumas operações de produção, esta escolha pode até ser bastante óbvia. Se você estiver cortando um material de alto valor (aço inox por exemplo), seria válido o esforço para poupar qualquer centímetro da chapa, pois a sucata deste material dói mais no bolso.
No entanto, se está em centro de serviço expresso de corte, onde o tempo de entrega é medido em horas e não em dias ou semanas, você pode até sacrificar o aproveitamento de material apenas para atender o prazo de entrega.
Se o cliente estiver satisfeito com o seu tempo de resposta e lhe oferece mais pedidos ou paga mais para entregas mais rápidas, o custo da sucata estará suficientemente coberto.
No entanto, a maioria dos fabricantes não vive em um mundo tão preto e branco, onde existe um objetivo claro e único.
A maioria luta para conseguir um pouco de melhoria no grau de aproveitamento das chapas ao mesmo tempo que tenta atingir o fluxo contínuo da produção.
Fluxo Contínuo no Corte de Chapa
O fluxo de produção no contexto do processo de corte de chapa é uma função com duas variáveis: tempo de programação e tempo de execução.
Manipular qualquer destas variáveis trará impacto no fluxo de produção. Neste contexto vamos definir fluxo como sendo quantas peças podem sair das máquinas de corte em um determinado período de tempo.
Estes dois controles (tempo de programação e tempo de execução) precisam estar sincronizados. A máquina não deve esperar por uma programação de corte. Assumindo que a demanda exista, a máquina deveria executar na sua plena capacidade enquanto houver a demanda.
De forma semelhante, um programa não deveria esperar pela máquina terminar a execução. As maquinas não devem estar paradas, desabilitadas ou off line porque a programação ainda esta sendo feita, ou porque a programação está atrasada.
Aproveitamento do Material
Quais opções nós temos para aumentar o aproveitamento no corte de chapa? A mais óbvia é a "densidade das peças". Quantas peças eu consigo cortar a partir da mesma chapa? Quanto do esqueleto da chapa sobra depois que todas as peças estiverem cortadas? Quanto maior a densidade, maior o aproveitamento.
Porém existem outras ferramentas não tão óbvias a nossa disposição para aumentar o aproveitamento. Escolher o tamanho comercial correto da chapa pode fazer uma grande diferença. Algumas peças se encaixam melhor em uma chapa do que a outra.
Saber ou descobrir qual o melhor tamanho de chapa para um determinado conjunto de peças pode aumentar o aproveitamento.
Outro benefício é a economia em potencial com aquisição de matéria prima. Pode ser que você deixe de comprar um tamanho de chapa especial (mais caro) e passe a utilizar um tamanho comum (mais econômico) e assim poupar já de início.
Soluções Alternativas
Existem algumas soluções parciais para resolver estes problemas de eficiência e fluxo contínuo de forma satisfatória. Algumas empresas fazem os planos de corte manualmente para tentar conseguir um melhor aproveitamento, mas perdem dias tentando encontrar o melhor arranjo.
Outras empresas fazem o corte de peça a peça, sem fazer um plano de corte ou qualquer programação. Fazem isto para tentar ganhar tempo, mas acumulam altos índices de retalhos, sucatas e possuem elevados índices de retrabalho.
Solução Otimize Nesting
O Otimize Nesting utiliza tecnologia de inteligência artificial e computação em nuvem de forma que consegue:
responder a mudanças frequentes nas ordens de produção
fazer os planos de corte em minutos
aumentar até 90% o aproveitamento no corte de chapa
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